Construção Mole com Feijões Cozidos (Premonição da Guerra civil) este quadro, pintado em 1936 pelo artista catalão, Salvador Dalí, é atualmente utilizado como meio para mostrar os dois pólos da Guerra, de satisfação total e de mutilação, destruição absoluta. Este quadro representa esses dois aspectos, misturando-os de maneira a que sejam quase indistinguíveis, inseparáveis. Dalí era publicamente contra a guerra, achava-a desnecessária e terrível, e utilizou esta pintura como meio para demonstrar isso. Como disse Dalí “Time never stands still”, o tempo nunca pára, rola rapidamente, e termina quando menos esperamos. Em relação aos elementos que constituem esta imagem, podemos ver o pequeno homem á esquerda, parado sobre a mão apodrecida,este pode simboliza Anneke e Nikki van Lugo, amigos de infância de Dalí, que tiveram um importante papel na formação da personalidade do pequeno Salvador. A atmosfera que permeia essa tela deve ser vista como um acontecimento inevitável em que a Espanha se auto-aniquilou no mais essencial estilo surrealista. O monstro que domina a tela guarda as proporções do contorno do mapa da Espanha, dele brotam braços e pernas que se rasgam mutuamente, enquanto uma forma fálica e flácida abraça um quadril rompido.
Os feijões se esparramam no chão sem que possam saciar a fome de ninguém. Observa-se o rosto do monstro em êxtase, os músculos do pescoço em tensão e os braços que se estivam, transformam-se e apodrecem, é provável que Dali acreditasse que mostrando a Espanha autodestruindo-se, agourasse as atrocidades cometidas pelos dois lados envolvidos na guerra. A cena transcorre em uma paisagem erma de desolação e morte, m lugar propício para que as vísceras se descomponham e um diminuto, porém asséptico médico vistorie, com científica frieza, um corpo agonizante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário