terça-feira, 4 de agosto de 2009

Construção Mole com Feijões Cozidos (Premonição da Guerra civil)

Construção Mole com Feijões Cozidos (Premonição da Guerra civil) este quadro, pintado em 1936 pelo artista catalão, Salvador Dalí, é atualmente utilizado como meio para mostrar os dois pólos da Guerra, de satisfação total e de mutilação, destruição absoluta. Este quadro representa esses dois aspectos, misturando-os de maneira a que sejam quase indistinguíveis, inseparáveis. Dalí era publicamente contra a guerra, achava-a desnecessária e terrível, e utilizou esta pintura como meio para demonstrar isso. Como disse Dalí “Time never stands still”, o tempo nunca pára, rola rapidamente, e termina quando menos esperamos. Em relação aos elementos que constituem esta imagem, podemos ver o pequeno homem á esquerda, parado sobre a mão apodrecida,este pode simboliza Anneke e Nikki van Lugo, amigos de infância de Dalí, que tiveram um importante papel na formação da personalidade do pequeno Salvador. A atmosfera que permeia essa tela deve ser vista como um acontecimento inevitável em que a Espanha se auto-aniquilou no mais essencial estilo surrealista. O monstro que domina a tela guarda as proporções do contorno do mapa da Espanha, dele brotam braços e pernas que se rasgam mutuamente, enquanto uma forma fálica e flácida abraça um quadril rompido.

Os feijões se esparramam no chão sem que possam saciar a fome de ninguém. Observa-se o rosto do monstro em êxtase, os músculos do pescoço em tensão e os braços que se estivam, transformam-se e apodrecem, é provável que Dali acreditasse que mostrando a Espanha autodestruindo-se, agourasse as atrocidades cometidas pelos dois lados envolvidos na guerra. A cena transcorre em uma paisagem erma de desolação e morte, m lugar propício para que as vísceras se descomponham e um diminuto, porém asséptico médico vistorie, com científica frieza, um corpo agonizante.



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